sexta-feira, 31 de agosto de 2012

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE AURORA


Luiz Domingos de Luna*

Via de regra, toda cidade tem no conjunto do inconsciente coletivo, o cerne da alma viva registrado, deste o primeiro sopro interativo coletivo no espaço tempo, ao presente momento.

Essa premissa, não contém Aurora, pois sua história foi toda montada em um enredo poético literário, conto, romance, ou numa linguagem mais própria – Versões poéticas de Aurora, que podem ser advindos do nascer do sol, de uma venda, ou mesmo de uma senhora sem venda, e até os mais audaciosos, ser a princesa Isabel a autora do nome da cidade.

É mister afirmar que: um estudante ao fazer um trabalho cientifico sobre a História de Aurora, saia com mais dúvidas do que quando começou, pois são tantas versões, tantas possibilidades que posso afirmar categoricamente que, estudar a história de Aurora é estudar um pântano de interrogações e mistérios que tende ao infinito.

De uma forma geral os aurorenses são historiadores, principalmente de sua própria história, pois senão vejamos: em um dado amostral ao se fazer uma entrevista com qualquer um, ao referenciar um dado histórico já devidamente arraigado na literatura revisada, o entrevistado já vai logo refutando tal afirmação: “Meus avós falavam sobre isto, mas de fato não foi bem assim”, pois naquela época tinha um: e acrescenta mais um palmo na história ou diminui três, dependendo da fonte em pesquisa, assim, o que já é de difícil compreensão passa a ser quase que impossível.

O escritor que, de boa fé, acrescentar um fato novo na história de Aurora se não estiver de acordo com a mediana do inconsciente coletivo mutante, incrivelmente mutante, rico em diversificação, terá sua fonte desacreditada pelos aurorenses, pois o que seria um dado histórico inovador, rico e necessário, passará a ser uma invencionice do autor ou mesmo da fonte consultada.

Não sei a vigilância com esta história de Aurora é de fato, necessária ou não, pois se aprova o mito que não existiu e reprova o fato comprovado novo. Na verdade é um grande Paradoxo. Assim, com quase 130 anos de história se convive harmonicamente com o mito na espreita de negar, ou mesmo reprovar, o fato novo verídico.

Dessa maneira, somente resta aos historiadores do presente, deixar sua versão mesmo comprovada, como uma versão cientifica, pois a versão mitologicamente rica e diversificada continuará para sempre no inconsciente do aurorense.

Considerando que algum escritor com seriedade, compromisso com a educação comece a fazer uma pesquisa sobre a história da Educação de Aurora para a elaboração de um livro didático, com certeza a primeira pista: {as famosas Escolas Reunidas de Aurora} que deram origem ao primeiro educandário da Rede Publica Estadual do Cariri Cearense - Escola Monsenhor Vicente Bezerra com fundação no dia 15 de março de 1927.

Dada a vigilância dos aurorenses, um segmento respeitável irá pesquisar intensivamente os dados para verificar a autenticidade, e, mesmo verificando e comprovando a autenticidade, ainda ficará aberta a possibilidade da versão, ou seja, de alguém dizer “meu avô dizia que a educação começou mesmo numa casinha de.... Somente que ela foi esquecida, hoje tem esta história bonita, mas tudo começou assim...” Assim nasce o mito, e o mito nasce com tanta força e intensidade que se não tiver muito pulso, até o autor passará a acreditar no mito.

(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora – Ceará.


















sábado, 18 de agosto de 2012

NO COMPASSO DO PRUMO A RÉGUA FALA: PAULO ELIOMAR 70 ANOS!!!


Luiz Domingos de Luna*

Sob a luz do Grande Arquiteto do Universo, um raio fúlgido, na coroa da aurora, um novo sol se formou nos umbrais dos templários medievais, na construção de uma história, onde a rosca do tempo fechou o espaço para o sopro da vida, a criança em Aurora, e entre as colunas da existência, no selo das tábuas da sabedoria, o jovem foi polido, moldado e esculpido, numa trajetória que embora, quase sozinho, recebeu a missão para a humanização afora.

Ingressou na Sublime Ordem, um dos pioneiros a ser ungido, pelos nobres ensinamentos, para fazer fluir na cidade de Aurora. Um dos fundadores da Loja Maçônica Cavaleiros de Nova Aurora Nº 69, percorreu nas alamedas da cidade, da Cooperativa à Rua 7 de setembro, retornou ao sítio, berço natal - Recreio, ao toque da sineta, ao apito do trem uma loja foi erguida, uma comunidade cingida nos mistérios do além.

Quão grande foi à alegria que o mestre maçom, em alto e bom tom, ao som do compasso, preparou a face da nova filosofia, libertou o homem de sua agonia, na peleja da vida ainda prega, a voz da sabedoria, cidadão do mundo, irmão da vida, aliado do tempo, pureza de coração, com um luzeiro na mão, construiu sua aurora, betumou união, sem brigas, sem queixas, sem rixas, todos unidos no altar da oração.

Foi o primeiro homem a dizer não, da audácia a hipocrisia, pois a beleza de um novo dia, não pode ter distinção – Oh serena forma, por que afogara nas ondas dos templos, a sublime semente da pura união. –quem? –Nós, senão habitantes deste carrossel, fazendo no céu a nossa canção, os anjos aplaudindo, o incenso cheiroso, num mundo amoroso ligado ao divino.

“Abri senhor as portas dos mares”, numa caravela eu quero passar, conhecer o mundo na grandeza da imensidão, visitando os templários, pegado em meu rosário e cantando uma canção. Nós da Loja somos estrelas de sua galáxia, a sua sabedoria será sempre uma fumaça a rodar o universo a busca da felicidade. Oh Senhor, derramai sua graça, sobre este firmamento, rocha de cimento, canteiro da liberdade.
Dê ao homem integridade na sublime voz do pensamento, e ao querido povo de Aurora, irmãos de caminhada, na singela estrada onde mora, o pincel passageiro do tempo.

(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora –Ceará. Email: falcaodoouradoarte@hotmail.com