quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sedentarismo Contemporâneo - O Mal do Século XXI

Luiz Domingos de Luna*

Com o advento do crescimento das tecnologias e das mudanças repentinas de consumo, toda sorte de mazelas vem assolando o já frágil convívio do tecido social planetário. Pois, à medida que cresce a tecnologia, diminui o campo de trabalho, obrigando as pessoas a ter uma vida ao ritmo das máquinas, isto traz inúmeros prejuízos para a convivência dos seres humanos,a adaptação deste sedentarismo da modernide, falta de tempo, as pessoas hoje em dia não podem escolher o seu cardápio, ou ter um momento para as refeições.
Na falta disto, vão se alimentar nas cadeias de distribuição de alimentos que oferecem às pressas, - refrigerante com hambúrguer - feito tudo a base de gordura saturada, colesterol, além da alta taxa de glicose, razão de estar aumentando em forma de progressão geométrica os casos de crianças com problemas cardíacos, diabetes mellitus, obesidade e outras mazelas como o stress, depressão...
Os seres humanos não são máquinas, não podem responder os interesses dos grandes mercados de capitais com subserviência, como justificativa a pressa com a falta de horário para alimentação.Estamos entupindo nosso organismo de colesterol, triglicérides e glicose.
Iremos pagar um preço alto pela ingestão de alimentos degradadores de nosso próprio organismo, bem como, iremos criar uma geração de obesos, porque não dizer de crianças obesas, stress, depressão; tudo isto, para nutrir a ganância de impor uma cultura alimentar rápida, desprovida de um balanceamento químico compatível com o nível de tolerância do organismo humano, um costume que distrai e destrói a vida humana.
Na verdade é uma bomba química que age interna nas entranhas do organismo como um vírus mortífero esperando a hora para entupir os capilares, veias e artérias, ao primeiro sinal a pressão já está nas alturas, a morte já a espreita, pois, o tratamento requer uma mudança de hábitos alimentares que a sociedade não está preparada para tanta imposição, privações, caminhadas, dietas, é uma exigência tão grande que, já não é exagero dizer que é o mal do século XXI é o próprio sedentarismo contemporâneo.
(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra - Aurora
Postado por LIVRO DIGITAL - LUIZ DOMINGOS DE LUNA às 09:48 0 comentários

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Um Olhar da Miséria no Sertão

Um olhar da Miséria no Sertão - Por: Luiz Domingos de Luna*


Cantada e decantada em verso em prosa, nutrida e destilada como a arte pura da criação do sertanejo, comparada ao paraíso perdido, o jardim do Éden, á Canaã, a terra de leite e mel, a pureza perfumada de uma rosa, é assim que é tratada na literatura, na história, na vida, seja no plano racional ou emocional, mas esta pobre e amarelada cultura, não passa de uma substituição do pleno pelo não pleno, do básico pelo não básico, do total pelo não total, do ideal pelo não ideal, do todo pela parte senão vejamos:
A geladeira - um pote pingador, Uma cama confortável - uma rede de tear, um almoço digno - um prato de angu, um automóvel - a cangalha de um jumento coiceiro, uma empresa - um tabuleiro improdutivo, uma caneta - uma enxada de três libras, um vigilante - uma cadela cheia de carrapato, um ar condicionado - um abano, um fogão a gás - um fogão de lenha, um rádio - uma gaiola de canário, o telefone - os fogos de artifício, a praia - um açude lamacento, o elevador- um pé de coqueiro, a sauna - é o próprio trabalho. A murada da mansão - uma cerca de faxina, a mansão - Uma tapera de barro cru, o caviar - é ova de curimatã, uma maleta 007 - é saco de nó cego, o avião - é uma pipa voadora, a prancha de surfe - é o couro seco de carregar capim, o teclado - é um pé de pode, o carnaval - é um adjunto de trabalho, Uma missa de gala - é uma novena, uma marcha nupcial - é o miseré, o escritório - é o alertai, o relógio - é um galo gogento no terreiro, ou o jumento, durante o dia, um concerto musical – uma ópera de penitentes
- Mas, ainda bem que a televisão é a própria televisão e a novela é a própria novela, pois, para quem saiu do sertão nada mais gratificante do que incentivar, louvar e viver as reminiscências do sertão, mas para quem não saiu, nada melhor do que ver o modo de vida dos egressos sertanejos pela televisão, no grito de sempre:
Adeus Sordade!!!
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